23 de julho de 2009

≈ Saudades passadas de uma pessoa mortal


Talvez seja ainda cedo ou tarde
A realidade me arrancou meus brinquedos

Levou um tempo antigo que se foi

Junto consigo e me fez ver

A vida de um outro jeito

As palavras que digo já não são iguais

Não tem mais efeito

Aquelas coisas materiais tem mais direito

Do que uma emoção de uma mortal?

Não me deixem notar quando

O sol começar a se apagar

Ele pode ir mas nem quero olhar

Será que alguém quer?

Estou deixada e gravada
Nas páginas de um livro e não sou real
Um livro de poesias,de fantasias
Que tocáveis não serão
Mas a alma alimentará

A alma das pessoas mortais

A realidade precisa ser vista

E mais tarde escrita

Ah! Se essa minha alma fosse imortal!

Sem ter para onde se esconder

Aquela palavra não dita vai se calar

Minha voz é o que grita pelo despertar

O doce som de uma melodia

A única coisa, a única coisa a trazer alegria

Ainda posso respirar esse ar

Ir ao rio mergulhar

Posso subir na árvore

E olhar o mundo do alto

Mas o medo de dar saltos

Está voltando

Nem subo se não puder descer

Sem palavras para dizer

Nada vai escrever uma vida inteira

São aquelas brincadeiras que alegravam

São aquelas maneiras que os destinos traçam

Tiraram a lucidez da cabeça

Mas não esqueçam que estou aqui

Alguém que sorri com tristeza

Para ver aos outros sorrir

Mas agora alguém sem ter para onde ir

Se no meio da noite se acordar sem saber
Pode ser eu tentando proteger

Ou pode ser aquela luz de esperança

Que está a morrer


Fran.R.M

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