24 de novembro de 2010

• Sutil desespero

novembro 24, 2010 12 Comments


O amor sempre lento se achegando

Poluindo-me com um sorriso profundo
E uns olhos me deixam viajando
Com uma luz reluzente bem no fundo

E quando me afasto, não mais existo
E fingindo que muito resisto
Acalenta ainda mais esse tal amor
Que não é apenas uma cor

É uma paleta de vivas cores
É estar em mágicos esplendores

Que pelas esquinas encontrei
Quando insensata tanto acreditei
Essa minha sutil espera
O embalo do amor me desespera

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Autoria: Franciéle R.Machado

13 de novembro de 2010

• Brando nos meus olhos

novembro 13, 2010 9 Comments

Um instante lembrando-me do pó
Sempre brando nos meus olhos
Costumava ser um sentimento de conquista
Despertando do sonho

E já tão fora de minha visão
Deparo-me a ouvir a comoção
E essa água em meus olhos nunca cai
Nada vejo, nem sei o que se esvai

Mas ainda bem que nada é eterno
E acabou-se como todo esse inverno
Disponho minhas novas realidades
Reinvento as mais lindas fraudes

E essa nuvem insensata
O discorrer de fatos agora relata
Que o vago pó em meus olhos havia invadido
Mesmo temendo brandamente terá saído

E sai
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Autoria: Franciéle R.Machado