27 de dezembro de 2011

• Tanta desordem assim

dezembro 27, 2011 6 Comments

Não lute contra as minhas lágrimas, porque elas se sentem tão bem...
E eu, eu vou lembrar como voar
Desbloquear os céus em minha mente (Trecho da canção Secret Door- Evanescence)



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Na desordem deste tempo insatisfeito
Em frias conversas interiores busco achar
Meu real ar, real amor, real eu

De cometer erros sempre fui um ser suspeito
Ainda mais de a mesmice me largar
Poderei despedaçar de como quem tanto sofreu

Eis que nem chorei tanto quanto antes
Mas ensopei de lágrimas ao te desvendar
Além do minha afeição e mentes desenganadas

Fragmentos do meu eu em nossos instantes
É tão sofrido quando tentar te odiar
Não quero me tornar um vestígio de coisas findadas

Porém, vou lembrar de quem sou sorrindo
Te oferecer meu abraço de despedida por final
Nem ódio naquele último olhar inoportuno

Finja então que não está de vez indo
Até que você volte a meu sonho ser banal
Vou te ofuscar de mim com a luz do tempo noturno
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Autoria: Franciéle R.Machado

25 de dezembro de 2011

Feliz Natal e Ano Novo...

dezembro 25, 2011 5 Comments
Desejo a todos não só no Natal e no Ano Novo, mas sempre ter em si a magia de acreditar nos sonhos, a magia da união, de sempre ter esperanças. Fé em Deus, em Jesus, coragem e tudo o que nos impulsiona sempre a crescer mais. A todos os amigos Blogueiros e Blogueiras! =D


Parabéns JESUS!


22 de dezembro de 2011

• Mistura Cruel

dezembro 22, 2011 5 Comments


Eu sonhei com você indiscultivelmente
Cai de vez no amor no final do ano
Os acasos, isso foi fatalmente
Algo adentrando meu gentil plano

Eu tive displicência nesse fato
Mas por ti eu me mato!
De amor, em lágrimas piedosas
Assim malvadas, silenciosas

E essa poluição nesse ar
Quero alguém para me apoiar
Pois seus olhos agora eu destesto
Não te ver é o ocasional protesto

Eu não te amo moço ilusório
Amo aquela projeção sua
O real não me parece satisfatório
Você não escapa de me deixar na rua

Um consolo em noites chuvosas
Quando o frio é derradeiro
Pedir para as coisas maldosas
Para que deixem meu peito inteiro

E que você pare de ser dor
E a mistura de um esplendor!
---
Franciéle.R.Machado

3 de dezembro de 2011

• Coisa Saudosa/Canção Breves Certezas

dezembro 03, 2011 6 Comments



Com o ruído da televisão
Eu projeto a minha distração
Carente por alguma compreensão
Assustei a todos querendo atenção

O vento que sopra saudade
A fumaça mais doce e pálida
Não é que sorrir seja fraude
Mas há alguma coisa cálida

Deu palpites meu destino louco
Consigo o que sonho aos poucos
Falo e que fique ao eco
Pois se torno a reclamar peco

E pude sentir a maldade
Nesse sol de toda realidade
Nessas oscilações penosas
Saudade de algo tenho, existe
Uma coisa saudosa

Sobre os ruídos da conversa
Da canção, da respiração
Do que é coisa inversa
Desse silêncio e do agito da palpitação

---

Autoria: Franciéle R.Machado


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Música " Breves Certezas"


Venho com novidades, agora estou no mundo musical também e estou com

alguns vídeos no youtube...e há um em especial que é de uma canção

criada por mim "Breves Certezas" que foi tocado no Cine Rock Itaqui. A Música e a Poesia juntas!

Obs: No início o microfone está baixo, mas depois melhora...



Breves Certezas
Letra, melodia e arranjo: Franciéle Machado
Solo e finalização: Juliano Cabral

A vida passa
E o comum já não tem graça
Não quero nada mais
E a gente faz pirraça
Achando que assim se acha a paz, a paz
Que depressa se desfaz em um choque de realidade

Perdi à tarde na solidão e ainda assim
Não gosto da multidão

E eu quero o silêncio das minhas ideias
E não chorar misérias por causa dos temporais passados
Então eu sinto o impacto de qualquer verdade
Isso é um confronto em pleno final de tarde

Eu acho que eu sou a solidão
Mais bonita
Eu acho, eu acho (2X)

(Solo)

Eu acho que eu sou a solidão
Mais bonita
Eu acho, eu acho (3X)


Espero que gostem ^^

6 de novembro de 2011

• A imprecisão do depois

novembro 06, 2011 10 Comments



Destinos não se escolhem
E esperanças se encolhem
Foram chuvas e demoras
Tudo ficou para última hora

O hoje não se julga
É uma coisa que se empurra
Face a face com memórias
Do que ficaria só em estória

Espero então pela chamada
Para sorrir no meu canto
Espero na insônia da madrugada
E nessa maturidade não deve ter pranto

Não se escolhe, nem se implora
Será talvez uma simples demora?
Ou não irá acontecer?
Quando ir de vez? Como saber?


---


Autoria: Franciéle R. Machado

28 de outubro de 2011

• Uma doida sentimental

outubro 28, 2011 11 Comments



Tentei me compor ao silêncio urbano
Ao absoluto simples cotidiano
Com minhas frases de tanto afeto
Minhas bizarrizes de protesto

Era inútil arranhar as cordas
Da canção que ninguém ouvirá
A não ser as poesias tortas
Sobre o renascer do que voltará

E eu cantava e eles sentiam
Perplexos de repente me viam
Sim eu aquela doida sentimental
Mesmas composições, o habitual

Vestígios de líquido salgado
Lágrimas sorridentes cantando
Bem vindos ao cantar despreparado
Ao excesso da minha voz se mostrando

E arranhando cordas afinadas
Porém de melodias desnorteadas

---

Autoria: Franciéle R.Machado






(Pela primeira vez estou participando da Feira do livro de minha cidade

com um mural onde coloquei algumas de minhas melhores poesias. Só achei

algo relevante para contar para vocês...Sonhos de Poeta! =D)

15 de outubro de 2011

• Esse gosto agridoce

outubro 15, 2011 5 Comments


Estar perto assim é bom
Mas depois sinto aquele gosto
Suave e agridoce que é amar
Perto estar e depois se afastar

Não é e nem será desgosto
Mas o depois, não estamos juntos
Somos dois seres normais
E eu não sentindo coisas banais
Almas longe, não somos o mesmo conjunto

Ah,nessa cidade que não deixa
Como antes te achar
Pegarei o café doce pra tirar
Esse gosto de última impressão
A última é que você nem vai ligar
Parece estar para me agradar apenas!
Sem mais coisas!

Você me transmite um gosto
Agridoce
Ao qual quero sentir sempre
E não abandonar...
Isso seria amar?



Autoria: Franciéle R.Machado


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Projeto Musical



Gostaria de fazer um convite para que conheçam meu > MYSPACE , um lugar onde postei duas músicas de minha autoria.Quem tiver interesse em conhecer.Em breve mais por lá! Isso faz parte do meu projeto musical do qual já falei por aqui...


Visitem, ajeitei lá com todo o carinho(Se alguém for, não espere uma grande cantora, postei mais pela música mesmo)



Abraços!

25 de setembro de 2011

• Não poderia

setembro 25, 2011 6 Comments


Eu não poderia me viciar
Na sua luz viciante e eufórica
Na sua harmonia contraditória

Eu não poderia o amar
Amar a afeição caótica
Derramar esperança ilusória

Sob uma noite diferente
Daquelas em que eu exitava
Mas o enfrentava naquela situação

Era como um porvir contente
Que por enganos depois se ficava
Entre a mágoa em insinuação

Você não me ama e isso é real
Fique assim rindo antigo vestígio
Do impiedoso amor que aflingiu

Cubra-se de satatisfação banal
De como foi incerto o início
Pois aquela perseverança enfim se despediu

---

Autoria: Franciéle R.Machado

18 de setembro de 2011

• Era o nada interior

setembro 18, 2011 14 Comments




Os olhares mornos
Tropeçam em mim depressa
Querendo nada além dizer

Ontem larguei os adornos
Um era o sentimento que cessa
Deixando-me a nada querer saber

Rostos sem contorno aparecem
E ouço que o telefone havia tocado
Atendi esse silêncio, era o nada interior

Sem exatidão fatos, relatos desfalecem
Risos do antes no canto jogado
E o orgulho a tentar ser superior

Esses olhares que denotavam brandura
Nada passam a mim que tanto careço
De sensação ingênua, de mais vida

Quem alimentará essa vida insegura?
Se a cada passo é um tropeço
E ainda que é uma longa subida


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Autoria: Franciéle R.Machado

15 de setembro de 2011

• Devaneio pelo anoitecer

setembro 15, 2011 4 Comments



Essas luzes no notável anoitecer
Parecia a tudo responder
Embora isso demonstre loucura
A noite possui uma coisa pura

Não como as vagas mentiras
Que rolam soltas e perdidas
E nem como olhadas fingidas
E o despreparo das iras

Nem parece com a enganação
Que adentra ao coração sem razão
Parecia reluzir redenção
Mesmo em contratempos na situação

Não cansarei de todo estável anoitecer
E dos habituais dias se vivendo
A voz da ansiedade pode reaparecer
Mas para as nostalgias vou pertencendo

Junto às luzes do anoitecer
Numa conversa comigo
E um chá e livro amigo
Lá outro devaneio pra reviver



---

Autoria: Franciéle R.Machado



(Estou meio afastada do blog, mas estou com outros projetos que trazem poesia e música juntos...Quero um dia ter algo gravado para mostrar a vocês, então desculpe esse afastamento às vezes longo do blog)

27 de agosto de 2011

• Essa liberdade

agosto 27, 2011 7 Comments



Sei o quanto é dificil olhar para fora
É a hora de me arriscar
Lá fora anda estando estranho demais
Será possivel viver nesse mundo quase sem paz?
Posso respirar aquele ar?

Existe na luta um jamais
Que não é certo
As luzes da rua não iluminam tanto
Mas mesmo assim tapam o manto das estrelas
E não é perto um alguém que possa ajudar
Tantos desconhecidos parecem me notar

Nem sabem quem sou eu
Perguntei a realidade e ela nada respondeu

Se eu viver um dia como gente grande
Irei poder sobreviver?

Porque há tanta gente a sofrer
Cada vez mais a cidade se expande
Me perdendo no meu caminho

Nessa pequena cidade
Que posso caminhar pelas ruas
Ainda tem um pouco de segurança
Ainda há esperança

Me recordo de quando era criança
Pela rua brincava
Se hoje fosse provavelmente minha familia
Me trancava
Pois anda sem segurança
É ruim ver a infância se perder

Apenas dentro de casa é mais seguro
Apenas dentro de casa a rua ver



Mas ainda anseio o risco da liberdade

Essa deve ser sim uma visão de um futuro


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Autoria: Franciéle R.Machado -2009

6 de agosto de 2011

• Sussuros daquele afeto

agosto 06, 2011 8 Comments


Os sussuros dos seus olhos falam
E a pressa que eles me calam
É de admiração e ousadia
De como é te encarar a cada dia

E defronte e imóvel ao amor
Já sussurei, mas você não escutou
Naqueles fatos transparecia esplendor
De quando um olhar meu tu aceitou

É sim de uma mágica absurda
Viu como me deixa muda?
Queria me compor a sua palpitação
Adormecer em devaneios do coração

Pois sua respiração me alivia
A sua alma me cativa
E não perguntes tamanha sintonia
O porquê de eu gostar da sua alma viva

(Eu o amo sem receio...)
(Aí vive o amor sem nenhum freio!)
---

Autoria: Franciéle R.Machado

1 de agosto de 2011

• Meu alguém predileto

agosto 01, 2011 9 Comments


Tu reprimes meu medo
E com desespero lhe cedo
Meu timído sorriso de gratidão
Pela paz mesmo no turbilhão

Nessa suave palpitação rara
A felicidade a isso se compara
Ainda que seja novo e incerto
Você, o alguém predileto

E essas luzes fortes na face
Que quase demonstram meu disfarce
Meus olhos te olhando com carinho
O lento suspiro de quem está sozinho

Buscando esse seu ar maravilhoso
Nesse tempo pretensioso
Pois você inexplicavelmente transmite
Uma vontade de sorrir em meio a palpites
---

Autoria: Franciéle R. Machado

19 de julho de 2011

• Sútil / Pensamento

julho 19, 2011 10 Comments


Ironia os dias tristonhos
Que mais repletem indiferença
Eu gosto é de olhares risonhos
Gosto dessa sútil presença


(Franciéle Machado)



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Pensamento (Escrito por Ellifer Machado= Minha amiga)


Cá estou, afogada nesse mar de saudade e solidão que parece não ter fim.Mas eu não perco a esperança, eu sinto que isso vai acabar e logo.O que será isso? É castigo ou é mais uma lição.De uns tempos pra cá estou tão perdida que me surpreendo ao voltar todos os dias pra casa.
Cá estou, afogada nesse mar de saudade e solidão que parece não ter fim.Mas tenho tanta esperança de que tudo vai mudar.






Tantos sonhos,amizades, familia e tanta vontade de que tude dê certo.Dizem que a força de vontade move montanhas, mas hoje com essa mistura de esperança, insegurança, saudade, amor, amizade...Já não sei, estou atordoada,sem muita reação quase paralizada como eu queria que desse tudo certo.E vai dar se Deus quiser!


Vai dar tudo certo!

18 de junho de 2011

• Conclusões Desbotadas

junho 18, 2011 14 Comments


Um cheiro de dias atuais
Das faces já tão desiguais
Do medo perante sinais
De que o tempo teve intervalos fatais

Quando se pensa desbotar
O que irradiava vida ao pensar
Abrem-se como nuvens chuvosas
Demonstram-se horas preciosas

Um cheiro de algo conquistado
O apreço que tanto vi rápido
Um poder de ser reerguer
Meu martírio foi demais querer

Enfim desbotou-se lento
O concluso e difuso pensamento
Outro sofrer confuso não aguento
---
Autoria: Franciéle R.Machado

11 de junho de 2011

• Promoção Melhores Blogs...

junho 11, 2011 6 Comments
O BLOG poético dele é de grande qualidade, admiro muito sua personalidade com as palavras, a sinceridade, o sentimento que passa ao escrever... Espero que vocês possam conferir e verem que estou dizendo a verdade! =D








Nome: Lucas Nícolas
Blog:
SIMPLES PENSAMENTOS







Biografia



Eu me sinto envergonhado de ter uma mente tão diferente e respeitar acima de tudo os sentimentos. “Envergonhado” que quis dizer significa; que como caminha o mundo atualmente é raro os pensamentos de amores verdadeiros e sonhos malucos a serem realizados. Creio que como me sinto, realmente nunca importara de verdade para alguém... Me alto denomino: “Um louco que se alimenta de dor sádica da poesia intima, que respira ela, que devora letras com seu extinto animal”. Que ama, difama , fere e que cura a quem sempre toca. Um ser humano comum, mas com um pensamento diferente, que procura a paz espiritual através de muitos sonhos que ainda vão ser realizados, creio nisso com todas minhas forças...



Como meu blogger começou?



Quando conheci uma garota chamada “Patrícia Juliana”, que me mostrou o blog dela, e como sempre fiz e recitava poesias em minha mente, e por incrível que seja minha primeira poesia escrevi nas areias de minha antiga casa que morei quando criança. Vendo que tinha muita coisa em mente e depois vi que era fácil ter um blogger e administrá-lo sem compromissos, resolvi fazer um. E aqui estou hoje com oito meses escrevendo em meu blog de “Simples Pensamentos”...

Por que decidi escrever?



Simples, desde criança fui admirador das mulheres, sempre me encantei por elas, fui atrás de desejos carnais, sentimentos de amores, sempre fiz poesias a elas em pensamentos, descobri na natureza desde pequeno um refugio pra escapar dos amores carnais, sou um eterno amante da sedução, do desejo da liberdade, vi que escrevendo consegui Administrar os sentimentos de amores que sentia tanto pela natureza e pelo meu maior amor, meu Fascínio por mulheres. Não quero ser interpretado mal, mas quero deixar claro que sou admirador da forma de seus corpos tão frágeis, como um belo lírio de uma mata intocada pelo Bicho homem...


E qual é o meu maior sonho?



“Ser livre”. Viver sem dinheiro, sem aparência física e vaidade, caminhar por onde quiser sem autorização de ninguém, pois, o mundo ainda é nosso. Ainda realizarei isso...




-Essa promoção foi criada com o intuito de que quem participasse tivesse a chance de ter seu blog mais conhecido. Apenas um participante a promoção teve, por isso apenas um a ser apresentado e não cinco como deveria ser, mas o apresento com orgulho pois seu blog é realmente bom.



Promoção criado pelo meu blog(Inventada Percepção) e pelo blog Na trilha da Vida...






Valeu Lucas por participar e sucesso!

28 de maio de 2011

• Em borrões moro

maio 28, 2011 8 Comments



Mofa-se esta cidade de drama
E a maquiagem se borrra
O rosto já mais límpido se acalma

Errôneo é fingir que nada se ama
A reclamar da paciência que torra
Um desconforto vil a alma

Acalentou essa sensação em arrepio
Uma sutileza se revela
Tanto sei que muito ignoro

Esse drama, a chuva, o inicio
Nem é capítulo de novela
Mas me revelo em borrões, ali moro

Molham-se meus leves gestos
Nesses devaneios modestos
Borrões parecem meu único protesto

---

Autoria: Franciéle R. Machado

30 de abril de 2011

• Falsa reconstrução sentimental

abril 30, 2011 11 Comments

Meu corpo parado um pouco se move

E o som do piano que comove

A todas as fragilidades despertadas

Aos vestígios de coisas inventadas

As malas da memória empoeiradas
Eu que só sei sentir essa revolta
Quando tu estás por toda a volta
E as nossas almas tão separadas

Tudo é uma mágoa contraditória
O amor e sua cômica paródia
Da qual só sei sentir seus olhos parados
E rir nesse aconchego ocultado

Talvez esse sentimental se reinventasse
O sentir do amor não me tocasse
Assim a música tocando seria fria
Assim as cores seriam pura monotonia

Sim, os versos mais cantantes
Uma irônica alegria tocante!

Apenas sorrisos de farsa
Uma reconstrução sentimental falsa

Muito contra os princípios reais
Seria a mentira mais cortante
Então que fiquem as sensações iguais
Mas que nunca se finja alegria constante

Autoria: Franciéle R.Machado

9 de abril de 2011

• Vida empoeirada

abril 09, 2011 10 Comments

São meus momentos
Envoltos por uma fina poeira
E tanto distanciamento
Por mera e cruel brincadeira

Penso que poderei tirar
As antigas lembranças que se guardam
Sobre a verdade encontrar
Restos de tempos que se retardam

Esse encanto digno de um silenciar
A poeira que tapa vou limpar
Frente e em meio a memórias

Vida empoeirada e sonhos desfeitos
É o tudo que tenho visto sem efeito
Só guardarei dias perfeitos, grandes vitórias

Autoria: Franciéle R. Machado

12 de março de 2011

• Um ar contemplador

março 12, 2011 4 Comments


É a frieza nesse ar contemplador

Jogar a mágoa por esse abismo de dor

Demonstrar sorrisos verdadeiros

Não se restringir a olhares sorrateiros



O bálsamo caiu no momento exato

A salvação prospera sobre o machucado

E nós assim parados e abismados

Negligência a cada medo abstrato



O pedaço de cada grito ficou intacto

Parou no meio de toda a geada

O sol só surgiu com seu impacto

Por fim, risada não paralizada



Era medo, o psicológico abatido

Era a desesperança como maior bandido

Roubava a paz que tudo sobrevive

Enjaulava cada almejo que revive



E convive na minha cabeça

Pede para que eu jamais esqueça

De dor acostumei a me espairecer

Só que irá e não vai reaparecer



Atordoante e esquecida

Dor essa, a deixarei desaparecida

---

Autoria: Franciéle R.Machado




(Perdoem-me por estar meio longe do blog, problemas com conectividade, é ruim este fato...assim não consigo visitar muitos blogs,apenas quando entro, mas logo que possível tudo voltará ao normal e diariamente estarei por aqui)

19 de fevereiro de 2011

• O amor é virtuoso

fevereiro 19, 2011 18 Comments



Eu sempre sei sentir o amor
E o achar misterioso
Enquanto o observo sentada

Repentinamente sinto meu humor
Já mais sorridente e vistoso
Querendo sorrir precipitada

E será que só somos meio desconhecidos?
E essa pureza do amor inexiste
Igual ao engano interior

E com sentimentos resolvidos
Eu sei que esse amor não é palpite
A todos efêmeros afetos é superior

E agradeço ao Senhor!
Que me engrandeceste deste amor
De paz e afeto bondoso

Que cala o receio aterrador
E só inspira ao sonhador
A lutar e de amor ser glorioso

---

Autoria: Franciéle R.Machado

13 de fevereiro de 2011

• Instantâneas rotações

fevereiro 13, 2011 7 Comments


Anestesia tanto esse tom do céu

Tão amargo e agora pálido

Embora haja um sol cruel

Foi-se o azul avivado

E nem me faz diferença

Tampouco o jeito que se demonstra

Se essa minha sentença

De sentir a vida só se mostra

Por qualquer pretexto e jeito

Desde os tons escuros aos mais puros

Da nitidez do direito ao imperfeito

Ver isso me faz um ser seguro



É uma anestesia estar vendo

É surreal sentir-se entorpecendo

Do som, da cor, em todo tom

É coerente admitir que é bom



O que se passa de sensações

Leva-me a instantâneas rotações

---

Autoria: Franciéle R.Machado

3 de fevereiro de 2011

• Literárias Correspondências

fevereiro 03, 2011 9 Comments


Um café esfriando ao léu
Uma ideia falando sozinha
E a capacidade de ir ao céu
Mesmo estando na cozinha


Vendo os fundos de casa
Com um leve som do ponteiro
E me dizem algo logo faça
Num instante fragmentado, não inteiro


E lá vem construções literárias
Que aparecem mesmo no inesperado
Soando sensações reais e diárias
A saudade de cada espaço amado



As literárias correspondências
A caixa do correio de lá está lotada
Lá no meu canto fica toda essência
Fora de lá apenas vivo atordoada


Talvez minha memória falha
Pare e não dispare sons de saudade
Essa sensação nem mesmo valha
Volte ao correr para a normalidade



E minhas literárias correspondências
Esperam por um afago meu
Por eu agora cheia de carências
Querendo acolher o meu eu



Disparam sons de saudade
É a mais dolorosa fraude
Literárias construções em espanto

Coisa que sinto por estar fora do recanto

---

Autoria: Franciéle R. Machado


( Um tempo distante de casa e escrevo isso.Começo falando do lugar amado e logo voltando ao lugar onde eu estava no momento, longe daquele lugar, do meu real recanto...)