19 de fevereiro de 2011

• O amor é virtuoso

fevereiro 19, 2011 18 Comments



Eu sempre sei sentir o amor
E o achar misterioso
Enquanto o observo sentada

Repentinamente sinto meu humor
Já mais sorridente e vistoso
Querendo sorrir precipitada

E será que só somos meio desconhecidos?
E essa pureza do amor inexiste
Igual ao engano interior

E com sentimentos resolvidos
Eu sei que esse amor não é palpite
A todos efêmeros afetos é superior

E agradeço ao Senhor!
Que me engrandeceste deste amor
De paz e afeto bondoso

Que cala o receio aterrador
E só inspira ao sonhador
A lutar e de amor ser glorioso

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Autoria: Franciéle R.Machado

13 de fevereiro de 2011

• Instantâneas rotações

fevereiro 13, 2011 7 Comments


Anestesia tanto esse tom do céu

Tão amargo e agora pálido

Embora haja um sol cruel

Foi-se o azul avivado

E nem me faz diferença

Tampouco o jeito que se demonstra

Se essa minha sentença

De sentir a vida só se mostra

Por qualquer pretexto e jeito

Desde os tons escuros aos mais puros

Da nitidez do direito ao imperfeito

Ver isso me faz um ser seguro



É uma anestesia estar vendo

É surreal sentir-se entorpecendo

Do som, da cor, em todo tom

É coerente admitir que é bom



O que se passa de sensações

Leva-me a instantâneas rotações

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Autoria: Franciéle R.Machado

3 de fevereiro de 2011

• Literárias Correspondências

fevereiro 03, 2011 9 Comments


Um café esfriando ao léu
Uma ideia falando sozinha
E a capacidade de ir ao céu
Mesmo estando na cozinha


Vendo os fundos de casa
Com um leve som do ponteiro
E me dizem algo logo faça
Num instante fragmentado, não inteiro


E lá vem construções literárias
Que aparecem mesmo no inesperado
Soando sensações reais e diárias
A saudade de cada espaço amado



As literárias correspondências
A caixa do correio de lá está lotada
Lá no meu canto fica toda essência
Fora de lá apenas vivo atordoada


Talvez minha memória falha
Pare e não dispare sons de saudade
Essa sensação nem mesmo valha
Volte ao correr para a normalidade



E minhas literárias correspondências
Esperam por um afago meu
Por eu agora cheia de carências
Querendo acolher o meu eu



Disparam sons de saudade
É a mais dolorosa fraude
Literárias construções em espanto

Coisa que sinto por estar fora do recanto

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Autoria: Franciéle R. Machado


( Um tempo distante de casa e escrevo isso.Começo falando do lugar amado e logo voltando ao lugar onde eu estava no momento, longe daquele lugar, do meu real recanto...)