30 de abril de 2011

• Falsa reconstrução sentimental

abril 30, 2011 11 Comments

Meu corpo parado um pouco se move

E o som do piano que comove

A todas as fragilidades despertadas

Aos vestígios de coisas inventadas

As malas da memória empoeiradas
Eu que só sei sentir essa revolta
Quando tu estás por toda a volta
E as nossas almas tão separadas

Tudo é uma mágoa contraditória
O amor e sua cômica paródia
Da qual só sei sentir seus olhos parados
E rir nesse aconchego ocultado

Talvez esse sentimental se reinventasse
O sentir do amor não me tocasse
Assim a música tocando seria fria
Assim as cores seriam pura monotonia

Sim, os versos mais cantantes
Uma irônica alegria tocante!

Apenas sorrisos de farsa
Uma reconstrução sentimental falsa

Muito contra os princípios reais
Seria a mentira mais cortante
Então que fiquem as sensações iguais
Mas que nunca se finja alegria constante

Autoria: Franciéle R.Machado

9 de abril de 2011

• Vida empoeirada

abril 09, 2011 10 Comments

São meus momentos
Envoltos por uma fina poeira
E tanto distanciamento
Por mera e cruel brincadeira

Penso que poderei tirar
As antigas lembranças que se guardam
Sobre a verdade encontrar
Restos de tempos que se retardam

Esse encanto digno de um silenciar
A poeira que tapa vou limpar
Frente e em meio a memórias

Vida empoeirada e sonhos desfeitos
É o tudo que tenho visto sem efeito
Só guardarei dias perfeitos, grandes vitórias

Autoria: Franciéle R. Machado