18 de setembro de 2011

• Era o nada interior





Os olhares mornos
Tropeçam em mim depressa
Querendo nada além dizer

Ontem larguei os adornos
Um era o sentimento que cessa
Deixando-me a nada querer saber

Rostos sem contorno aparecem
E ouço que o telefone havia tocado
Atendi esse silêncio, era o nada interior

Sem exatidão fatos, relatos desfalecem
Risos do antes no canto jogado
E o orgulho a tentar ser superior

Esses olhares que denotavam brandura
Nada passam a mim que tanto careço
De sensação ingênua, de mais vida

Quem alimentará essa vida insegura?
Se a cada passo é um tropeço
E ainda que é uma longa subida


----

Autoria: Franciéle R.Machado

14 comentários:

  1. Olá, me tocou muito a tua poesia, Franciéle.

    "Quem alimentará essa vida insegura?
    Se a cada passo é um tropeço...
    E ainda que é uma longa subida**""
    Esses versos copiei, são um reflexo de minha personalidade, e sofro pela minha insegurança... ** já perdi tanto na minha vida por isso, nem imaginas.
    Parabéns por teres escrito essa poesia e postares.
    bjusss, te sigo, sou a Mery.
    Ótimo domingo!

    ResponderExcluir
  2. Além de ser tua seguidora, me tornei uma admiradora de tuas poesias...Felicidades"***
    Mery

    ResponderExcluir
  3. Olá, voltei, citei você, no meu post de hoje, dá uma olhadinha, se quiseres colocar o teu link, fica à vontade...bjusssss

    ResponderExcluir
  4. Cheguei aqui por intermédio do blog da Mery. E valeu a pena, pois gostei muito deste poema e também do blog.
    Continuação de um bom Domingo.

    ResponderExcluir
  5. Realmente interessante, adoro ler-te menina... Apoio os elogios citados acima... E você sabe disso... ^^ beijos e continue sempre me inspirando...

    ResponderExcluir
  6. Poesia de ritmo viciante! Não consegui parar de ler até que acabasse. Eu adoro essas poesias profundas, simbolistas. Acho que a habilidade do poeta de escrever o visível nas entrelinhas é a verdadeira arte. Seu poema é lindo, e tem aquela característica que predomina em todos os BONS poemas: o fato de se ajustar a qualquer pessoa. Muito bom mesmo, adorei!

    www.vanessafunnygirl.blogspot.com

    ResponderExcluir
  7. Lindo seu poema Fran. Sempre fortes e reflexivos. Parabéns!!
    Bjinhoss XD

    ResponderExcluir
  8. Um poema intenso de uma procura ontológica comum às pessoas sensíveis e que precisam de mais do que a própria vida dá! Bjs e boa semana!

    ResponderExcluir
  9. A vida é um constante aprendizado, os tropeços nos tornam mais atentos em relação aos caminhos e os passos, aprendemos muito com os outros que por bem ou por mal estão na nossa vida para nos ensinar sobre eles e até sobre nós mesmos que somos sempre testados, e vamos vivendo, gostei bastante dessa poesia, ela me fez pensar de uma forma especial,

    um cordial abraço poetisa!!

    ResponderExcluir
  10. Olá, Franciéle!

    A vida é um bem precioso e a sua conservação requer uma vigilância constante! Captei?

    Amanhã será outro dia!

    Suponho que até em sonho,
    Eu possa mais que a morte
    E que ao acordar estarei livre dela

    Enfrento a vida risonho
    Aposto no caos, estou com sorte?
    Aperto o passo, varo a cidadela!

    Mas, esse som reverberando no ar,
    Preocupa, dispara sentimentos
    Os mais diversos, então... o que adotar?

    conversas ásperas, estão à guerrear,
    Sirenes, disparos, gritos de sofrimentos,
    Choros, lamentações e que mais pra anotar?

    Ah! Rizadas e falas de crianças,
    O bom dia, boa sorte e o vá com Deus!
    As cores, aves, plantas e belas flores naturais.

    Termino o dia e me encho de esperanças,
    Os males não me alcançam e ajudado até por Zeus,
    Outra noite e a morte fugindo dos raios mortais!

    Um abraço!!!!!

    ResponderExcluir
  11. Olá Franciele!
    Adorei seu cantinho
    Agradeço pelo comentário!
    Estou te seguindo
    Beijos

    ResponderExcluir
  12. Ei, esse texto parece que poderia se tornar uma música. Já pensou nisso?
    Gostei muito.

    ResponderExcluir
  13. Nunca pensei em torná-la música, mas acho que não combinaria com ela...já que a música muitas vezes tem um ritmo diferente da poesia( mas tem que haver a alma da poesia) e consiste em palavras mais simples para se poder cantar. Mas penso que a ideia seria legal usar, só que com outras palavras =D

    ResponderExcluir
  14. Estranho que quando escrevi a poesia foi bem tarde da noite, eu li e achei meio sem sentido pelo tamanho sono que eu estava. Pela manhã a li e pensei, é bem o que senti mesmo naquela noite, às vezes acontecem essas coisas diferentes, escrevi e me surpreendi com a pura realidade....

    ResponderExcluir

Deixe aqui algumas palavras sobre o que compreendeu, a sua percepção do que leu...