31 de janeiro de 2014

• Cegos de alma

janeiro 31, 2014 5 Comments

Não tem mais tanta graça assim
Ser a risada de seu próprio riso
E se jogar no mais íntimo, nas pautas não vistas

Porque hoje é um dia no fim
Em que escrevemos cenas, no improviso
E nos escondemos para não deixar pistas

Numa tarde incomum, onde as horas são minhas
A longos passos daquela cena mental
Que perambulava pela minha mente faceira

Não tem mais tanta graça as linhas
Que parecem se unir a debilidade habitual
E todo o tempo que se passou trouxe ideia derradeira

Se ler, escrever parece ser menos do que o ter
E aparecer nas mentiras dessas pautas escritas
Não sei me fazer de traço a ser lido e fico insólita

Pela liberdade de querer a mim mesma pertencer
Não sou e nem quero ser como objeto das revistas
E me reinvento apenas como uma eterna incógnita!

Onde aparentemente não há graça
Aos cegos de alma.

Autoria: Franciéle R.Machado