Enquanto a rua persiste como...
Única paz
Andarilha sua alma nua, a qual refletida nas vitrines
Se desfaz
E agora essas luzes piscantes lhe dizem ser tudo loucura
A monotonia se grudou como chiclete em seus pés
Nas canções ainda procura algo que expressasse
O que seria se a vida fosse apenas pura?
Não um simples eco que percorre cada avenida
A lentidão do relógio e esses tique-taques mentais
Não bastasse a chuva que molha os ladrilhos desde a manhã
E o vento que balbuciou quem deveria ser nos previsíveis mapas astrais
Ainda assim a rua jamais será para si a vilã
A pouca paz bradava dentro do peito em abrupta descida
Pausa pra qualquer bebida destilada, a noite ainda brilha
Luminosa, embora melancólica para quem não espera redenções
Suas tantas vivências...formam tortuosas trilhas
Explicam quem vive pra se reencontrar em ilusórias direções
Se simples fosse...pudera abraçar cada alma doida
Autoria: Franciéle Romero Machado Balok
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