23 de fevereiro de 2023

● Andarilhando



Enquanto a rua persiste como...

Única paz

Andarilha sua alma nua, a qual refletida nas vitrines 

Se desfaz


E agora essas luzes piscantes lhe dizem ser tudo loucura

A monotonia se grudou como chiclete em seus pés

Nas canções ainda procura algo que expressasse 

O que seria se a vida fosse apenas pura?


Não um simples eco que percorre cada avenida


A lentidão do relógio e esses tique-taques mentais

Não bastasse a chuva que molha os ladrilhos desde a manhã

E o vento que balbuciou quem deveria ser nos previsíveis mapas astrais

Ainda assim a rua  jamais será para si a vilã


A  pouca paz bradava dentro do peito em abrupta descida


Pausa pra qualquer bebida destilada, a noite ainda brilha

Luminosa, embora melancólica para quem não espera redenções

Suas tantas vivências...formam tortuosas trilhas

Explicam quem vive pra se reencontrar em ilusórias direções


Se simples fosse...pudera abraçar cada alma doida 


Autoria: Franciéle Romero Machado Balok




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