● Eu fragmentado
Refletida como uma nostalgia que chega junto a brisa matinal
Quando volto ao eu fragmentado de quem outrora fui
É uma conversa, uma história ouvida e seu ensejo
Como se retroceder nas memórias fosse inteiro e surreal
Me deixo desfazer como as nuvens enquanto o andar das horas flui
Por que tantas vezes nos perdemos nos traços da modernidade?
Onde somos somente humanos destinadas a produzir e algo se tornar
Que já nem lembro em essência se queria algo do que construí
E agora as canções antigas só me transportam para a sanidade
Nas páginas rasuradas que um dia me vi, na íris da imensidão olhar
Pra vida que aflora, nas sutilezas algum dia como hoje me reconstruí
Eu fragmentado, se desfaz e refaz
Disfarça e se veste de farsa
Autoria: Franciéle Romero Machado Balok
Escrito: 09 de janeiro de 2024
Imagem: Malamila (Devian Art)