9 de janeiro de 2024

● Eu fragmentado


 Nas nuvens acinzentadas e distantes por segundos me vejo

Refletida como uma nostalgia que chega junto a brisa matinal

Quando volto ao eu fragmentado de quem outrora fui


É uma conversa, uma história ouvida e seu ensejo

Como se retroceder nas memórias fosse inteiro e surreal

Me deixo desfazer como as nuvens enquanto o andar das horas flui


Por que tantas vezes nos perdemos nos traços da modernidade?

Onde somos somente humanos destinadas a produzir e algo se tornar

Que já nem lembro em essência se queria algo do que construí


E agora as canções antigas só me transportam para a sanidade

Nas páginas rasuradas que um dia me vi, na íris da imensidão olhar

Pra vida que aflora, nas sutilezas algum dia como hoje me reconstruí


Eu fragmentado, se desfaz e refaz

Disfarça e se veste de farsa


Autoria: Franciéle Romero Machado Balok

Escrito: 09 de janeiro de 2024

Imagem:  Malamila (Devian Art)





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