18 de fevereiro de 2022

● Imprecisão do amanhã


 Os pés ancorados em algum lugar 
Aguardando pela novidade do tempo que virá 
E o que será? Se não se perder em um labirinto indeciso

Eu tenho a voz dentro de mim, poderia bradar
A inquietude do vento que sopra e não cessará
Uma fortaleza em meio a um caminhar impreciso

Mas a mesma mente que divaga, a lucidez esmaga
Esperaria voltar a ser quem era outrora
Só que num sombrio passatempo, como poeira me dissipei

De supostos medos essa atmosfera se alaga
E invés de respirar as cores, o preto e branco se ancora
Esperamos os finais de semana, fugir de algo que nem sei

O que esperar? Quando tua luz enfraqueceu 
Como uma fogueira num dia frio, difícil permanecer intacta
E mesmo sem chuva parece que algo a apaga

Talvez uma vida tão abrupta que nos esvaneceu
O cansaço interno, planos incertos e a rotina que impacta
Nesse caos breve quero me reencontrar ao que me afaga

Quem sabe, logo ou quando ?

Autoria: Franciéle Romero Machado
Escrito: 09 de fevereiro de 2022.

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