Beijo sutilmente o vidro da janela
Enquanto sussurro minhas esperas
Uma resposta paira no meu ouvido direito
Assim vivemos na miragem, sem uma aquarela
E pensei que flutuar, fosse olhar a encosta
A espreita dessa vida, enredos suspeitos
Nada lá fora eu vejo, parece a vida uma pedra preciosa
Que cai de meus dedos
Um drama no meio de dias onde a luz acerta o poeta
Desmancho a inspiração que pouco jaz nesse peito
Podia ver as nuances em cada olhar que cruzei pela rua
Caminho, mas sinto uma armadilha
Como se os pés tivessem fora de compasso
E a música em suas palavras rasas pairando na sacada
Esperei demais, no início e no fim de tudo
Das teorias, ironias e pelo afeto seguro (cercado de muros)
No concreto todos meus pesares
Na ponta da língua minha indecisão e nesse versos livres uma faísca
A poeta não se perde em linhas, quem pensaria?
A voz é um sopro como o cotidiano esperaria
Mas só a arte faz suspirar no fim do dia
Só a arte traz o verdadeiro respirar
Só a arte
Autoria: Franciéle Romero Machado (Escrita em 04/01/2020)
Imagem: Oprisco (Devian Art)
E só a arte é capaz de revelar o âmago de um ser. Uma vez já te disse isso, mas acho que reprisar é válido, (uma vez que seja um comentário real e um elogio). Você consegue transcrever cada emoção sua em seus versos, é como se o leitor pudesse ler e até mesmo sentir o que você sentiu no contexto em que o poema foi escrito... E isso é algo incrível, pois traz uma imersão artística para a vida do poeta, isso faz com que muitos empatizem com as emoções da poetisa, sentindo na pele cada dor, cada alegria, cada raiva, cada dúvida e casa surpresa sentida por ela na hora da escrita...
ResponderExcluirParabéns Fran pelos versos, espero logo ler mais de você. Beijos, tudo de bom!
ResponderExcluirObrigada pelos comentários! <3
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